Nós seres humanos, crescemos com medo. Medo do escuro, medo da solidão, medo do cão, medo das multidões ... cada um com seu medo, cada um com seus motivos.
Há medos que se vão, outros medos surgem. Cada fase da nossa vida, nos renova os medos.
Eu aos 30 anos só tenho 2 medos. Mas felizmente não me deixo toldar por eles. Luto para que as minhas acções nunca sejam manipuladas por medos que não trazem nada de bom para a minha vida.
Tenho medo de que algo de errado se passe com meus filhos, é um medo incontrolável, que não consigo deixar de sentir. Tenho medo de não os saber preparar para o futuro, tenho medo de ser demasiado rígido, tenho medo de ser demasiado brando, tenho medo de ser mau Pai. Por vezes dou por mim, a olhar para o meu Pai e penso que tive o melhor Pai do mundo, e que nunca lhe chegarei aos calcanhares, mas tenho medo que os meus filhos nunca possam sentir o mesmo que eu.
Não sou refém deste medo, só tenho este medo quando estou sózinho, ou muitas vezes à noite, quando estou acordado e vou ver se estão a dormir, ou aconchegar os cobertores. Muitas vezes as lágrimas, ficam a raiar os meus olhos pelo medo que tenho de algo lhes puder acontecer ...
O outro medo que tenho, não é de morrer. É morrer sem que saibam o quanto gosto de todos.
Amo os meus filhos, a minha mulher, os meus pais, o meu irmão e cunhada, os meus primos, os meus tios, a minha sogra, a minha avó, os meus sobrinhos, os meus afilhados, os meus amigos (os de ontem como os de hoje). Amo todos, claro que todos estão em segmentos diferentes, porque a vida liga-nos de formas diferentes, a diferentes pessoas, mas sinceramente amo-os a todos e tenho muito medo que lhes aconteça mal. Mas o meu maior medo é eles não saberem quanto gosto de todos.
A vida é bela, mas só é realmente bela, quando temos com quem a partilhar.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
A educação ...
Os pais desresponsabilizaram-se dos actos dos seus filhos, e esperam que além de ser formados, que os seus filhos também sejam educados na escola.
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