Uns, velhos armados em nobres, caídos em desgraça, cobertos
de dívidas e a viver agarrados às conquistas de outrora. Sobrevivem utilizando
fugas para a frente, forjando planos nos sítios obscuros de Portugal. Utilizam
o peso das massas, cegas e ignorantes, para forçar as corjas agarradas ao poder
central a beneficiá-los em troca de votos.
Os outros, novos burgueses, cresceram desmensuradamente, não
olhando a meios para atingir os fins. São corruptos e não o escondem, apenas
fazem tudo para tornar as provas obtidas irrefutáveis, pagam aos melhores para
defenderem o indefensável. São o rosto da falta de vergonha que grassa em todos
os meios.
Por fim, os tesos mas honestos. Classe outrora rica, estão
afogados em divídas mas fazem questão de pagar, alienando o futuro. Os recursos
para o fazer estão a ficar esgotados mas novos créditos tapam o sol com a
peneira. Fazem questão de usar colarinho branco e botão de punho com brazão,
sendo usados e abusados pelas corjas de bandalhos.
No final aparecem os outros, os pequenos. E os pequenos dividem-se
em dois. Os que aproveitando as migalhas que a corja lhes deixa para pagamento
dos favores vão sobrevivendo fazendo peito,
e os que não alinhando em favores entregam os bens porque o jogo não é justo.
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