terça-feira, 5 de outubro de 2010

O futebol é o rosto, a imagem, o espelho do país onde vivemos ...


Uns, velhos armados em nobres, caídos em desgraça, cobertos de dívidas e a viver agarrados às conquistas de outrora. Sobrevivem utilizando fugas para a frente, forjando planos nos sítios obscuros de Portugal. Utilizam o peso das massas, cegas e ignorantes, para forçar as corjas agarradas ao poder central a beneficiá-los em troca de votos.

Os outros, novos burgueses, cresceram desmensuradamente, não olhando a meios para atingir os fins. São corruptos e não o escondem, apenas fazem tudo para tornar as provas obtidas irrefutáveis, pagam aos melhores para defenderem o indefensável. São o rosto da falta de vergonha que grassa em todos os meios.

Por fim, os tesos mas honestos. Classe outrora rica, estão afogados em divídas mas fazem questão de pagar, alienando o futuro. Os recursos para o fazer estão a ficar esgotados mas novos créditos tapam o sol com a peneira. Fazem questão de usar colarinho branco e botão de punho com brazão, sendo usados e abusados pelas corjas de bandalhos.

No final aparecem os outros, os pequenos. E os pequenos dividem-se em dois. Os que aproveitando as migalhas que a corja lhes deixa para pagamento dos favores  vão sobrevivendo fazendo peito, e os que não alinhando em favores entregam os bens porque o jogo não é justo.

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