sexta-feira, 11 de setembro de 2009

11 de setembro 2001 - 2

O mundo mudou mesmo depois deste dia?
O que mudou foi para melhor?
Não se aproveitou, estes acontecimentos terríveis, bárbaros, indesculpáveis, injustificáveis, para criar mais divisões, para se acentuar diferenças entre ocidentais e àrabes?
Que motivos, realmente movem os Estados Unidos e seus aliados, nesta luta contra o terrorismo?
Serão os Aliados um exemplo para o resto do mundo?
Atacando um país por ser governado por uma fracção da população, defendendo a liberdade de todos, não estarão também a impor a sua idéia de liberdade?
Os dirigentes àrabes defendendo a sua religião, a sua liberdade religiosa, de forma bárbara, sanguinária, não estarão apenas a prejudicar a população civil do seu país?
Serão assim tão diferentes Palestinianos e Israelitas? Iranianos e Americanos? Sauditas e Polacos? Portugueses e Congoleses?
Quando os Estados Unidos gastam 600 bilhões de Dólares em 2008 na sua politica militar e a Unicef  divulga no seu Relatório de Acção Humanitária anual da UNICEF que gasta anualmente para as emergências prolongadas pouco mais de mil milhões de dólares, na prestação de assistência a crianças e mulheres em 36 países, alguma coisa mudou?
Mudou sim, o controlo de aeroportos, a invasão de privacidade com a desculpa de necessidade de garantir a segurança.
O controlo aos negócios obscuros aumentou?
As off-shores acabaram?
Os maus gestores são castigados?
As crianças em todo o mundo têm direito a saúde, educação, alimentação?
Pois...
Poderão dizer que um assunto não têm a ver com o outro. Pois eu digo que tem, pois o que nos conduziu a esta situação foi a cegueira dos lucros.
Foi a desresponsabilização da sociedade.
Foi o apenas nos concentrar-mos no nosso umbigo.
Hoje ao rever reportagens sobre este tema, onde pais e filhos telefonavam para os seus entes e amigos mais queridos, mostravam a todo o mundo o que realmente importa...
São as pessoas que vivem ao nosso lado, são os nossos filhos, os nossos país, nossos irmãos, nossos companheiros, o podermos estar com eles, vê-los crescer, amparar-lhes as quedas, passar as mãos nas suas faces quando dormem, acarinhá-los quando sofrem, rir-nos juntos.
Temos de respeitar as diferenças, não olhar à côr, à religião.
Quando perdemos isso, perdemos tudo!
Quem não souber olhar para o 11 de Setembro e ver que temos de aproveitar os que nos rodeiam e não criticar um comportamento diferente do nosso, não vai encontrar sentido neste dia.

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